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lunos bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) podem perder o segundo semestre de aulas no Brasil porque a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão que administra as bolsas, não quer antecipar o retorno deles – mesmo com aulas já finalizadas. O Estado apurou que mais de 440 estudantes estão nessa situação.

 número de bolsistas representa 40% dos beneficiados pelo programa no Reino Unido, onde o problema ocorre. Todos esses alunos chegaram ao país em setembro de 2012.

A Capes diz que 100 casos chegaram à instituição e “estão sendo solucionados”. Mas não é isso que os estudantes relataram à reportagem. Em pelo menos dez casos, estudantes que pediram a mudança foram ignorados. Em caso de retorno antes do previsto, eles teriam de devolver os valores recebidos.
O CsF é uma das principais apostas do governo federal na área de educação e pesquisa. A meta é enviar 101 mil estudantes e pesquisadores para o exterior até 2015. Até agora, 40 mil bolsas foram autorizadas.

O estudante Maurício Azevedo de Freitas, de 20 anos, está na Queen Mary, em Londres, desde setembro de 2012. Aluno da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ele tem feito, desde o final do ano passado, contato com a Capes para conseguir a mudança. Tudo sem sucesso. “Minhas aulas começam no Brasil no início de agosto, mas minha volta está marcada para 17 de setembro. Se perder essas aulas na UFRGS, sou automaticamente reprovado”, conta. “Mesmo que a universidade abone, o conteúdo que vou perder é irrecuperável para o curso”, diz ele, aluno de Engenharia de Materiais.

No início de junho, a Capes negou a ele definitivamente a mudança no calendário. “Não teria prejuízo nenhum. Já tive todas as minhas aulas e minha pesquisa termina no início de agosto.”

Aluna de Engenharia Mecânica da USP, Larissa Mitie Ihara, de 23 anos, iniciou as conversas com a Capes para a mudança de calendário ainda em agosto de 2012, antes de embarcar para o Reino Unido. Desde que chegou à Universidade Newcastle para realizar seus estudos, já encaminhou à Capes documentos da universidade britânica, atestando a conclusão das atividades, e também da USP, sobre a necessidade de retorno. “Em todas as respostas eles são intransigentes em negar a solicitação”, diz.

“Ninguém está pedindo para voltar sem concluir as atividades. Todos nos programamos para terminar o que é exigido pelo programa a tempo de voltar às aulas ao Brasil.”
A mineira Letícia Candal, de 22 anos, São Lourenço, reclama da inflexibilidade do órgão. “Mesmo frente a documentos que deixam clara nossa necessidade de retorno antecipado e que comprovam cumprimento das atividades requisitadas, não parece querer lidar com a situação”, diz ela, aluna de engenharia Ambiental da Unifei, bolsista da Universidade de Nottingham, também no Reino Unido.

Vários estudantes reclamam de falhas nos canais de comunicação com a Capes. Queixas que já se repetiram em outros problemas que o programa apresentou, como em casos de atrasos de pagamentos de bolsas.

Universidades do Reino Unido abrigam atualmente 1.107 estudantes bolsistas de graduação do Ciência sem Fronteiras, na modalidade bolsa sanduíche – quando o estudante faz parte do curso em outra instituição. Uma parte chegou em janeiro e fevereiro, e só volta em dezembro ou no início de 2014.

Caso voltem antes, os gasto de bolsa e estadia serão reembolsados. “Mas eles preferem que fiquemos aqui gastando dinheiro à toa ao invés de voltar à estudar”, diz uma estudante.