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Durante o primeiro dia, a greve de estudantes, docentes e servidores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) atinge oito das 34 unidades universitárias. Segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa da universidade nesta segunda-feira, os campi de Assis, Bauru, Franca, Ilha Solteira, Jaboticabal, Marília, São José do Rio Preto e Sorocaba estão parcialmente parados, mas com a manutenção de atividades essenciais, como os projetos de extensão universitária, que atendem ao público externo, e Centro de Convivência Infantil.

Pela manhã, os grevistas divulgaram uma relação própria sobre as unidades que teriam aderido à paralisação:

 

Estudantes: Assis; Franca; Marília; Ourinhos; Rio Claro; São José do Rio Preto; São Paulo e São Vicente.

 

Técnico-administrativos: Assis; Bauru; Franca; Ilha Solteira, Jaboticabal, Marília, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo.

 

Professores: Assis; Marília; São Paulo.

 

As negociações devem iniciar na próxima sexta-feira. A reitoria anunciou que vai implementar reuniões com representantes de cada um dos segmentos. Com a Associação de Docentes da Unesp (Adunesp) será às 9h, com o Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp) está marcada para às 11h e com os representantes discentes será às 15h. 

A greve
O movimento grevista foi acertado em assembleia realizada no dia 27 de maio. Antes da definição da greve foram realizadas duas rodadas de negociação, porém não houve acordo. A pauta contém reivindicações das três categorias e inclui, além das críticas ao Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp) – política de cotas proposta pelo governador Geraldo Alckmin em parceria com os reitores das universidades estaduais -, temas como permanência estudantil (moradia, restaurante universitário e bolsas) e reajuste salarial de 11% para docentes e servidores.

 

Gustavo da Silva Andrade, estudante da Unesp de Rio Preto e membro da comissão administrativa do Comando de Greve, explica que os estudantes são contra o Pimesp por causa do sucateamento das universidades. “O governo quer colocar o pessoal da escola pública sem dar condições mínimas para que eles se mantenham. Sem contar que há problemas de espaço (falta de salas de aula) e falta de professores”, explica. A expectativa dos organizadores é que a “greve traga benefícios e pressão para que a reitoria ouça as reivindicações e abra as portas para negociações que gerem resultados”.