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O estudante Guilherme Lopes sempre estudou em escola pública e nunca teve problemas com notas. No ano passado, quando ainda cursava o 2º ano do ensino médio, o adolescente resolveu fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pela segunda vez e conseguiu uma nota tão boa que pôde garantir uma vaga na Universidade Federal de Lavras(Ufla) (MG). Como ainda não havia concluído o ensino médio, ele foi barrado na hora de fazer a matrícula e a família teve que entrar na Justiça para conseguir o direito de Guilherme de estudar na universidade.

A mãe do adolescente, Aparecida Lopes, conta que nunca precisou se preocupar com as notas do filho e que ele sempre esteve à frente da idade escolar. “Sempre foi muito aplicado e muito esforçado”, diz a mãe. Mesmo assim, o estudante não esperava um resultado tão bom no Enem. “Era uma questão apenas de treinamento (fazer a prova). No ano que vem eu ia prestar vestibular, então seria muito mais fácil para acostumar com a prova”, afirma Guilherme.

A boa pontuação alcançada por Guilherme pôde garantir uma vaga em um curso superior em universidades que aceitam a nota do Enem. O estudante decidiu tentar a matrícula para o curso de engenharia de automação da Ufla, mas como precisava ter o certificado de conclusão do ensino médio, não pôde se matricular no curso. Para conseguir, a família entrou na Justiça.

“Eu procurei um advogado e a gente teve que entrar com um mandado de segurança, primeiro contra a Secretaria de Educação para emitir o certificado de conclusão do ensino médio através da prova do Enem. Só que aí já tinha passado o prazo da matrícula, então tivemos que entrar com outro processo contra a universidade para assegurar o direito de matrícula”, lembra o estudante.