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Encontrar bons profissionais é um desafio para milhares de empresas e também para a General Electric, que quer dobrar de tamanho no Brasil.

No Rio de Janeiro, está em obras o endereço do mais novo centro de pesquisa da General Electric. Desde a crise financeira, mais da metade da receita da gigante vem de fora dos Estados Unidos.

O interesse nos mercados emergentes trouxe o CEO Jeff Immelt até o Brasil. “Eu estaria desapontado se os negócios aqui não dobrassem facilmente nos próximos cinco anos”, diz.

O plano de crescimento está claro: óleo e gás, saúde, energia, infraestrutura. Dinheiro tem. Falta gente para fazer acontecer. “Eu trabalhei com o presidente Obama no conselho de competitividade nos EUA e eu aprendi que todo país têm que primeiro treinar pessoas, você precisa de excelentes pessoas. Você tem que ter gente boa no país e isso é muito difícil. É difícil achar trabalhadores qualificados, mas eles existem em todos os lugares do mundo”, diz.

Falta de mão de obra qualificada é a principal reclamação das empresas instaladas no Brasil.
Vagas ficam abertas por meses atrás do profissional certo.  Para as empresas, faltam conhecimentos técnicos e de idiomas, proatividade e visão estratégica para os funcionários. A maioria, porém, se sente pronta, indica a pesquisa.

Os entrevistados ainda reclamaram dos baixos salários e da falta de um plano de carreira dentro das empresas. Isso explica um pouco porque é tão grande a distância entre o candidato ideal e o candidato disponível no mercado.

É uma nova realidade, conclui Gil van Delft, diretor-geral da Page Personnel. “Os profissionais antigamente buscavam muito um plano de carreira estruturado nas empresas. Hoje, não é mais o caso. Do que as empresas oferecem, eles querem que o profissional brigue pelo espaço na empresa com uma performance e produtividade alta. Não é apresentado ao entrar na empresa um plano de carreira estruturado. Hoje, a pessoa tem que brigar por isso”, diz.