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O governo complementa a política de cotas de inclusão no ensino superior

O Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), lançou na semana passada o Programa Nacional de Bolsa-Permanência, que visa promover ação de auxílio financeiro para estudantes de baixa renda das instituições federais de ensino superior. De acordo com os requisitos para inclusão no programa, a bolsa-permanência será concedida aos estudantes que atendam aos critérios para a política de cotas, estejam matriculados em cursos com carga horária maior que cinco horas diárias e que tenham renda per capita familiar mensal de até 1,5 salário mínimo. Como justificativa, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, aponta que a assistência estudantil é um investimento necessário para o desenvolvimento do País, e que o grande desafio da política de inclusão no ensino superior é combinar inclusão social com excelência acadêmica.

 

Com a iniciativa, o governo também complementa a política de cotas de inclusão no ensino superior, já que uma das principais dificuldades nesse sentido era a adaptação desse público às universidades por falta de condições financeiras. Não restam dúvidas de que, infelizmente, nosso modelo de ensino superior é elitista por ser composto na sua maioria por pessoas das classes mais abastadas. Assim, além da dificuldade

de adaptação, os estudantes oriundos de famílias carentes acabam por sofrer o drama do acompanhamento no quesito aprendizado, pois em muitos casos têm que optar entre atender às suas necessidades básicas ou comprar livros e outros materiais que possam complementar seu ciclo na universidade. 

 

Outra ação voltada a esses estudantes anunciada pelo MEC é oferecer apoio acadêmico para os “vulneráveis socioeconomicamente”. Com isso, a intenção é preparar tutores para alunos que vêm de escolas públicas com algum tipo de deficiência.

 

Não há dúvida da excelência dessas ações de incentivo e complementaridade ao ensino de estudantes carentes que agora estão podendo frequentar as universidades em nosso país. O resultado desse trabalho, com certeza, será capaz de gerar frutos, oferecendo ao país, além de profissionais capacitados e comprometidos socialmente, uma nova visão em termos de combate às desigualdades.