Dos 10.975 estudantes que ingressaram em cursos de graduação na Universidade de São Paulo (USP) em 2013, um sexto conta com bolsa para se sustentar durante os anos de estudo. No total, 16,9% esperam contar com bolsa ou crédito, sendo que 5,9% pretende viver exclusivamente com estes recursos e o restante pensa em complementar a renda com apoio familiar ou trabalho.
Os dados são do questionário socioeconômico dos matriculados divulgado pela Fuvest. Em 2010, o total era de 13,4%, depois passou para 14,1% em 2011 e, no ano passado, eram 14,9%. Paralelamente, o número de bolsas disponíveis na USP para auxílio a ingressantes cresceu e os benefícios estão mais explícitos.
Em 2013, pela primeira vez, o Manual do Candidato ao vestibular trouxe um quadro com as bolsas disponíveis, que antes eram apenas citadas sem números. No total, a USP oferece 5,3 mil bolsas de R$ 400 que podem ser solicitadas por calouros. Apenas as de monitoria subiram de 300 no edital de 2012 para 1.000 neste ano. O benefício é dirigido a estudantes que comprovem baixa renda e se comprometam com um sistema de monitoria, chamado “mentoring” em que têm reuniões com um professor incentivador.
Em 2013 também cresceu meio ponto o total de estudantes oriundos de escola pública, que era de 28% e foi para 28,5%. O porcentual ainda é abaixo da meta de 30%.
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O questionário mostrou ainda que os brancos ainda são 78,7% dos novos alunos da USP, enquanto 11,3% são pardos, 7,5% amarelos (orientais), e 0,2% indígenas (a nomenclatura por cor segue o padrão do Censo do IBGE). O dado varia menos de meio ponto porcentual há quatro anos.
Menos cursinho
Outro dado que teve variação foi o total dos ingressantes que respondeu não ter feito cursinho para se preparara para o vestibular. Entre os que ingressaram, 37,5% respondeu não ter feito qualquer cursinho. Em 2012 eram 35%, no ano anterior 34,2%, e em 2010, 33%.
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