O número de brasileiros aceitos por universidades americanas não para de crescer e quem é aprovado tem que contar com a criatividade para conseguir pagar os estudos.
Nunca tantos brasileiros foram aprovados nas universidades americanas, consideradas as melhores do mundo. Nove mil jovens foram aceitos para fazer uma graduação nos Estados Unidos em 2012.
Harvard escolheu seis brasileiros este ano, um recorde para a melhor universidade do mundo. Lucas de Barros Silva, de 17 anos, conseguiu uma vaga na Universidade da Pensilvânia. “É um sonho que, aparentemente, era muito distante, mas que, uma vez atingido, vai trazer resultados muito legais”, diz.
Apesar de estar crescendo o número de estudantes nos Estados Unidos, o país ainda é o 14º na lista das nações que mais têm alunos nas universidades americanas. Fica atrás de Vietnã, Turquia e Nepal. A maior barreira não é o inglês, é a valorização em processos seletivos de participação em atividades extracurriculares.
“Eles querem o aluno que tenha excelente desempenho acadêmico, mas eles querem também o aluno que foi capitão do time de futebol, que participava do grupo de teatro da escola, que participou do grêmio”, diz Renata Pereira Morais, gerente da Fundação Estudar.
Gabriela Benevides Tom, de 19 anos, é um exemplo. Entre uma aula e outra em escola pública de São Paulo, a estudante se dedicou ao voluntariado. Até agora, lembra com emoção do dia em que foi aprovada em um dos melhores cursos de relações internacionais do mundo, o da American University.“Foi uma sensação maravilhosa. Foi assim: ah, ok, aqueles dias que eu fiquei até 4 horas da manhã fazendo a redação valeu a pena”, diz Gabriela.
Tanto ela quanto Ivan e 11 jovens brasileiros, porém, precisam ultrapassar outra barreira: juntar dinheiro para pagar os estudos. Eles até pediram bolsas no Brasil e para as universidades americanas, mas até agora não conseguiram o desconto de 100% dos custos. Resolveram então pedir colaborações em vídeos pela internet.
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