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A escola é o quarto local onde há mais ocorrências de violência contra crianças e adolescentes entre zero e 19 anos. Consegue acreditar? Na faixa etária dos dez aos 14 anos o número de ocorrências no ambiente escolar aumenta, representando 7,8% dos atendimentos, enquanto a partir dos dez anos as agressões em casa diminuem. O levantamento foi realizado junto aos atendimentos por violência no Sistema Único de Saúde (SUS). Saiba mais e ajude a combater essa realidade.

Os dados do Mapa da Violência 2012: Crianças e Adolescentes do Brasil, elaborado por Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da Área de Estudos sobre Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais no Brasil (Flacso Brasil), causa impacto. “Existe uma espécie de cultura da violência imperdoável em diversos âmbitos de nossas vidas, como em casa, na escola, nas ruas”, analisa Jacobo. O sociólogo aponta como saída, a criação de mecanismos de mediação de conflito, com o objetivo de estimular a tolerância e o convívio com as diferenças. Para ele, a medida é urgente se for considerado o número de agressões entre os próprios colegas de escola, por exemplo.

Dos cinco aos nove anos, as ocorrências de violência na escola por amigos ou conhecidos representam 49,7% dos casos. Dos dez aos 14 anos, 60,16%, e dos 15 aos 19, 52%. Na categoria “desconhecidos”, esse número cai para 8,5% dos cinco aos nove anos, 7,1% dos dez aos 14 e 16,6% dos 15 aos 19. Em último lugar consta a violência por parte de pessoas da própria instituição com 7,9% na faixa dos cinco aos nove anos, 5,8% dos dez aos 14 e 5,5% dos 15 aos 19 anos.

De acordo com a pesquisa, em todas as faixas etárias a violência acontece de forma preponderante na residência das vítimas, totalizando 63,1% dos casos. Em segundo lugar aparecem as vias públicas. Em terceiro registram-se outros ambientes e, por fim, em quinto, estão os bares.

Você conhece casos de violência em sala de aula? Caso tenha ciência, reflita: deixando de fazer denúncias à política, você colabora para a sequência do ciclo de atrocidades registrado nas escolas. Ligue para o 190 e aponte cada episódio de agressão ou ameaça, tendo ciência de situações como essas.