Alagoas ocupa a segunda posição no ranking de homicídios contra a mulher no País, perdendo apenas para o Estado do Espírito Santo. Uma pesquisa feita pelo Instituto Sangari, em 2010, aponta que 134 mulheres foram mortas em decorrência da violência doméstica em Alagoas. De janeiro a junho deste ano, foram 113 vítimas.
Estes números foram apresentados, ontem, durante o lançamento da campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A Lei é mais Forte”, do governo federal, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e do Ministério da Justiça.
A ação faz parte da estratégia nacional de sensibilização do sistema de justiça estadual para a aplicação, de forma mais intensa, da Lei Maria da Penha. A ideia é integrar o Executivo, o Sistema de Justiça e Segurança Pública para unir e fortalecer os esforços no âmbito municipal, estadual e federal e dar celeridade aos inquéritos estabelecidos, como também aos julgamentos dos casos de violência contra as mulheres. Em Alagoas, a campanha terá o apoio do Ministério da Justiça, Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública.
Os Estados de Espírito Santo, Alagoas, Paraná, Pará e Mato Grosso do Sul lideram a posição nacional com o maior índice de agressão contra a mulher, segundo o Mapa de Violência 2012, publicado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americano (Cebela).
“Mil mulheres apanham anualmente em Alagoas. Para quê tanto ódio? Essa junção de poderes é a rede de defesa da família, do amor e da paz”, disse a secretária de Estado da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos, Kátia Born.
A primeira etapa da campanha – que é nacional – foi lançada no último mês de agosto, em comemoração aos seis anos da Lei Maria da Penha. O segundo momento é reforçar as regiões onde há o maior índice de violência contra a mulher.
De acordo com a secretária nacional de enfrentamento à violência contra a mulher da Presidência da República, Aparecida Gonçalves, o governo federal não tolera mais este tipo de violência feminina. “As formas de violência estão cada vez mais cruel. Os números são assustadores. Sem contar que muito delas não denunciam”, diz a representante da Presidência da República, ressaltando que as formas de agressões vão de psicológica, moral a patrimonial.
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