O Centro de Goiânia concentra o maior número de moradores de rua mortos na Região Metropolitana. De acordo com dados da Polícia Civil, dos 20 assassinatos nos últimos cinco meses, 7 ocorreram na região central.
Segundo levantamento divulgado na sexta-feira (18), os setores Campinas e Leste Universitário registraram duas vítimas. Com uma ocorrência cada, Rodoviário, Coimbra, Progresso, Dom Fernando, Capuava, Vila Irany, Vila Boa Sorte, e Setor Oeste completam o mapa da onda de violência envolvendo moradores de rua na capital.
Além dos casos divulgados no levantamento, feito em bairros de Goiânia, a Delegacia de Homicídios de Aparecida de Goiânia registrou a morte de um homem em situação de rua no Setor dos Afonsos.
Dados da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) estimam que a capital tenha cerca de 500 pessoas em situação de rua. A maioria delas ocupam os setores comerciais, o que faz com que eles também concentrem a maior parte dos homicídios.
Em entrevista coletiva na sexta-feira, a delegada titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios de Goiânia (DIH), Adriana Ribeiro, anunciou a intensificação de ações em três pontos considerados críticos na capital: as imediações da Praça do Trabalhador (Setor Central) e da Praça Godofredo Leopoldino – conhecida como Praça do Racha (Setor Coimbra), além da região próxima ao Terminal Rodoviário do Dergo, no Setor Rodoviário.
A delegada detalhou que a delegacia fez uma “análise de vínculos” para chegar até estes lugares. “São locais com fluxo de carros muito intenso. A pessoa chega, compra a droga e vai embora”, esclarece.
O levantamento da polícia constatou que a faca é a arma mais recorrente nesses casos. Nove vítimas foram assassinadas a facadas; 7 executadas a tiros; 2 perderam a vida em consequencia de pedradas; e uma pessoa morreu a pauladas.
O sexo masculino é o mais atingido nas ruas. Do total de 20 mortos, 16 são homens e 4, mulheres.
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