o Ceará, a quantidade de negros assassinatos cresceu 143,3%, entre 2002 e 2010. O valor é mais de 13 pontos percentuais que o crescimento da taxa de homícidio de brancos, no mesmo período.
Barbalha é o município cearense com maior taxa de homicídio de negros no Estado, com 101,4 negros mortos para cada grupo de 100 mil negros. Fortaleza tem 43,9 negros assassinados para cada 100 mil habitantes negros.
No restante do Brasil, a situação não é muito diferente. As mortes de negros aumentaram 29,8% no País, entre os anos de 2002 e 2010, enquanto os homicídios de brancos foram reduzidos em 25% no mesmo período. Em oito anos, os negros sofreram cerca de 2,5 vezes mais crimes de morte que os brancos.
Os dados foram apresentados pelo pesquisador Julio Jacob na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Sepir), em Brasília, nesta quinta-feira (29).
Cada vez mais jovens
Em 2010, houve 14.047 brancos assassinados, contra 34.983 negros. A taxa de homicídios de jovens negros, que era de 71,7%, passou para 153,9%. Segundo o pesquisador, se fossem somados apenas os homicídio de negros, o Brasil ocuparia o 4º lugar no ranking da violência mundial.
De acordo a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, a estatística é importante para subsidiar políticas públicas e reverter esse quadro.
Educação é alternativa
Para o pesquisador, os altos índices estão se tornando naturais e a educação seria a principal alternativa para reverter esse quadro.
Julio Jacob é autor de Mapa da violência 2012: A Cor dos Homicídios, lançado nesta quinta-feira. Os dados que basearam o estudo foram retirados dos Censos Demográficos, das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).
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