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Foz do Iguaçu – O Mapa da Violência 2012 – Atualização: Homicídios de Mulheres no Brasil, elaborado pelo pesquisador Júlio Jacobo Waiselfiz, aponta que o Paraná é o terceiro estado do País com o maior número de mulheres assassinadas. O documento avaliou casos de 2010. Naqueles 12 meses, 338 mulheres perderam a vida brutalmente em várias cidades. Esse indicador rendeu uma média preocupante de 6,4 homicídios femininos para cada 100 mil habitantes.

O Paraná ficou atrás apenas dos estados do Espírito Santo e Alagoas, com médias de 9,8 e 9,3 assassinatos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

Curitiba aparece como a quarta capital brasileira onde mais acontecem esses crimes. Há dois anos 96 mulheres foram mortas lá, uma média de 10,4 mortes violentas para cada 100 mil habitantes.

Nas 100 cidades brasileiras onde mais se cometeu esses crimes naquele ano, o Paraná ostentou a segunda posição com a cidade de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Nesseranking nada favorável, ao menos uma cidade da região Oeste aparece. Foz do Iguaçu teve o 58º pior desempenho do Brasil, com 14 assassinatos em 2008, 16 em 2009 e 14 em 2010.

Crueldade e motivação chamam a atenção 

Toledo – Toledo não aparece no Mapa da Violência quanto aos homicídios femininos, mas, na proporcionalidade, o número de mortes de mulheres está aumentando. No ano passado a cidade havia registrado 33 homicídios de todos os gêneros – homens e mulheres -, desses três foram mulheres, ou seja, uma pessoa do sexo feminino executada para cada 11 homens mortos. Em 2012, até ontem, foram 19 assassinatos, sendo dois de mulheres. A média na cidade é de uma mulher morta para cada 9,5 homens.

“Se analisarmos na proporcionalidade, o número aumentou e o ano ainda não acabou”, destacou o escrivão do Setor de Homicídios da 20ª Subdivisão Policial, Vilmar Hang.

A motivação para a prática extrema da violência são questões passionais, geralmente ciúmes, traições afetivas ou simplesmente porque ela não quer mais viver com o parceiro.

Em Cascavel o que mais chama a atenção é a crueldade que leva as vítimas à morte. Dos 131 homicídios praticados em 2012, oito foram de mulheres. A maioria com muitos golpes de faca, em crimes passionais. “O que se nota é uma verdadeira banalização da vida e do ser humano”, reitera a socióloga Moema Viezzer.

Há quase 40 anos Moema atua em causas sociais ligadas à violência contra as mulheres e à equidade de gênero ao redor do planeta. Em 2006 ela e um grupo de mulheres foram indicadas ao prêmio Nobel da Paz pela atuação.