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AFONSO BENITES DE SÃO PAULO O sociólogo Julio Jacobo Waiselfiz, autor do Mapa da Violência (estudo anual sobre homicídios), diz que em vez de oferecer ajuda para São Paulo, a União deveria ajudar Estados com índices de violência mais altos e coordenar investigações de crimes que abrangem mais de uma unidade da federação. Zona leste de SP tem assassinatos em série, ônibus queimados e toque de recolher Ministro da Justiça falta com a verdade, diz secretário SP quer só dinheiro, mas ministério não é banco, diz Cardozo * Folha – O que o sr. acha da proposta do ministro José Eduardo Cardozo para São Paulo? Julio Jacobo Waiselfiz – A discussão estava muito politizada [em período eleitoral]. Historicamente, o que vem ocorrendo em São Paulo? Em 1999, foi implantado o primeiro plano de segurança nacional. O governo se baseou no “Mapa da Violência” para saber quais eram os Estados mais graves e canalizar recursos. Entre eles, estava São Paulo. Os governos investiram em sistemas tecnológicos e capacitação das polícias. ONGs pressionaram por melhorias. Isso ajudou a reduzir as taxas de homicídio. E por que ninguém fala dessa parceria de anos atrás? Parece que o Estado quis ficar com o ônus e o bônus da política de segurança. O sr. acha que a União deveria destinar mais recursos para São Paulo? Não. Seria injusto investir mais em São Paulo, com taxa de 11 [homicídios por 100 mil habitantes], e não em Alagoas, que tem 66. O que a União deveria fazer? O crime organizado está se nacionalizando. Acho que a União deve coordenar essas investigações. 

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