A relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito Mista que investiga a violência contra as mulheres, senadora Ana Rita (PT-ES), disse que é preocupante o índice de violência contra a mulher na Paraíba, que segundo ela, de acordo com o Mapa da Violência, o estado está em 7º lugar e João Pessoa se configura em 2º lugar em homicídio contra mulheres.
“Isso é muito triste e é grave e o objetivo da CPMI é apurar isso”, disse
Ana Rita assegurou que a CPMI de violência contra as mulheres não acabará em pizza, porque todos os envolvidos estão trabalhando firmemente no sentido de garantir que o sucesso das investigações será absoluto. Ela disse que até o fim do ano vai apresentar um relatório com todo diagnóstico que será construindo com todas as informações obtidas nas visitas aos estados.
“Com certeza não acabará em pizza, estamos trabalhando para isso não acontecer, além de apresentarmos um diagnóstico da violência contra mulher, vamos também apresentar sugestões e medidas para superar essa situação”, garantiu.
Ana Rita disse que o Brasil tem avençado bastante no enfrentamento à violência contra a mulher nos últimos anos, porém, as políticas públicas ainda são insuficientes. Segundo ela foram criados diversos instrumentos e diversos mecanismos de enfretamento a violência, como delegacias especializadas, vara especializadas, mas que ainda são insuficientes para atender a realidade brasileira.
“Em um país tão grande é preciso que haja um maior investimento financeiro por parte do governo Estadual e Federal e mais implementações de políticas para o enfrentamento”, disse.
A representante da CPMI questionou o porquê um estado e um país que tem uma legislação que atua no sentido de enfrentar a violência contras as mulheres ainda têm um número muito elevado de homicídios.
“Nós queremos saber o porquê que isso está acontecendo, quais são as políticas que o governo dos Estados está adotando para superar essa realidade”, questionou.
Um sentimento de revolta. Foi assim que Ana Rita descreveu o estupro coletivo acontecido na cidade de Queimadas e disse que o processo do caso está se encaminhando, ela acredita que os culpados serão punidos.
“Nós não podemos permitir que uma situação como essa fique na impunidade”, disse
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