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Não existe acidente de trânsito, mas a falta do agir do poder público, afirma Sinetran-MT em audiência pública realizada pela AL na Semana Nacional do Trânsito.

Em audiência pública realizada na manhã dessa quinta-feira(20), na Assembléia Legislativa, a presidente do Sindicato dos Servidores do Detran-MT (Sinetran-MT), Veneranda Acosta aproveitou a oportunidade para alertar que faltam políticas públicas voltadas para o trânsito e que a autarquia é vista apenas como agente arrecadador de recursos e não como uma Entidade de trânsito, formuladora de diretrizes para a segurança no trânsito. “Não existe acidente de trânsito, mas a falta do agir do poder público perante o trânsito. Aqui em Mato Grosso isso é claro, o Detran sempre foi visto como mero arrecadador, uma mina de ouro e não investe em educação, nem engenharia e nem em fiscalização os tripés da segurança no trânsito”, denuncia Veneranda.
Veneranda apontou que o Detran/MT não tem estrutura para atender a demanda. A começar por seu quadro de servidores. Em 2000 eram 700 servidores para atender o Estado inteiro nas unidades de Circunscrições Regionais de Transito – Ciretrans, além da sede em Cuiabá, 10 anos depois,  com o crescimento da frota e de condutores em 200%, o Detran/MT aumentou apenas 60 novos servidores, passando seu quadro para 760, sendo que seriam necessário pelo menos 2.100.
 Outro ponto seria a falta de investimento em educação para o trânsito. “Não temos no Detran um coordenador especialista da área para criar projetos de educação para trânsito. Nem uma escola pública de trânsito, para formar condutores mais conscientizados, apesar do Código de Trânsito Brasileiro exigir isso há mais de 15 anos. O momento é agora com 10 anos de idade. Quando adulto a prevenção tem que ser feita com fiscalização que aqui também não tem já que as atribuições foram delegadas para a policia militar que disponibiliza 70 homens para fiscalizar o Estado inteiro por meio de um termo de cooperação técnica. Trabalho que deveria ser feito pelo agente estadual de trânsito que infelizmente não tem aqui em Mato Grosso”, afirmou a presidente do Sinetran-MT.
Atualmente Mato Grosso está em 3º lugar no ranking no Mapa da Violência divulgado em maio, perdendo apenas para Rondônia e Tocantins. Lugar antes ocupado pelo Distrito Federal-DF que através de educação preventiva e fiscalização conseguiram em 10 anos reduzir o número de mortes no trânsito e passaram para a 13ª posição. Veneranda ressalta que no DF os recursos do Detran não são desvirtuados de sua finalidade. “Aqui não se investe em fiscalização humana nem eletrônica e nem temos estatísticas confiáveis e não é por falta de recursos já que as taxas cobradas no Estado são uma das mais caras do Brasil”, comentou ela.
 Por fim ela deixou registrado que os parlamentares da Assembléia criam projetos de leis para o trânsito sem conhecer a realidade local e o funcionamento do Sistema Nacional de Trânsito. “Antes de criarem qualquer projeto, convido a todos que primeiro conversem com os servidores para se interar da realidade local”, explicou.
 O deputado Ezequiel Fonseca (PP) que presidiu a audiência admitiu que a Assembléia errou em aprovar o aumento nas taxas do Detran/MT e que o órgão hoje não é ‘dono’ do dinheiro que arrecada,  não investindo em educação para prevenção, quanto mais em fiscalização. “Veneranda falou com muita propriedade e essa audiência será para levar para o governador tomar uma posição”, completou o deputado.