fbpx
Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

A cada dia os jornais trazem notícias da violencia a que estão submetidas nossas mulheres e os dados das Delegacias de Atendimento à Mulher dão conta de que de janeiro a agosto deste ano, 50 mulheres foram assassinadas no Rio Grande do Sul, número superior ao registrado em todo o ano de 2011, quando ocorreram 46 casos.

Em diagnóstico realizado pela Secretaria de Segurança Pública nos primeiros cinco anos da Lei Maria da Penha (agosto de 2006 a agosto de 2011) aponta-se o assassinato de 327 mulheres. Some -se a isso, o fato de nosso estado figurar no 19º lugar, em ocorrências de mortes de mulheres no Brasil, à frente de Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e ainda, a posição de nossa capital Porto Alegre, que está em 8º lugar, contabilizando 6,6 mulheres mortas a cada 100 mil mulheres, conforme os dados levantados no Mapa da Violência 2012.

Essa realidade nos impõe reflexões, pois sabemos que nosso Estado, comparado a outros, já tem uma estrutura de politicas publicas que promovem o enfrentamento da violencia contra a mulher, sendo referencia em vários aspectos. O que nos falta então?

Estes números são vidas perdidas, desperdício do potencial de nossa gente e quando contabilizamos mortes, significa que falhamos enquanto poder público e sociedade. Por isso precisamos dar visibilidade às ações positivas de prevenção, de modo a atingir a opinião pública. A sociedade é convocada a participar dessa batalha. É necessário chamar uma verdadeira cruzada para o enfrentamento dessa situação vexatória.

O momento atual é fundamental para refletirmos, nas eleições municipais está em jogo o futuro das nossas cidades, e é em seu território que precisamos condensar as ações de enfrentamento à violência contra a mulher.

As contrapartidas municipais aos programas de atendimento ás mulheres em situação de violência, a manutenção de serviços específicos, a transversalidade de garantia dos direitos das mulheres para alterar suas condições de autonomia, atuam no amparo de quem sofre e sobretudo na prevenção da violência. Ter ou não políticas públicas para mudar os índices é o centro da questão e Isso está em jogo nas eleições municipais.

Uma boa cidade para se viver não convive com índices tão elevados de morte de suas mulheres, não podemos naturalizar e domesticar nossa reação. Precisamos puxar o fio da radicalidade e enfrentar o problema nos valendo do sentimento de respeito pela pela vida. A vida de qualquer mulher, com tantas significações e ressignificações políticas, científicas, artísticas, maternais e tantas outras expressões “qualquer vida” pela qual vale transformar essa realidade. Por uma cidade que respeita suas mulheres e pelo fim da violência contra mulher, ousemos buscar o novo, ousemos eleger a primeira mulher prefeita de Porto Alegre.