A presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher, Jô Moraes disse que é preciso combater a violência contra as mulheres vítimas do tráfico de drogas de forma mais efetiva, particularmente na Paraíba e especialmente em João Pessoa. Segundo Jô, na capital do estado o crime passional corresponde a 42% e o os crimes motivados por tráfico de drogas chegam a 30%.
“Na Paraíba como um todo o crime passional é alto com 42% de tráfico perto de 30% então para enfrentar a violência contra a mulher tem que enfrentar especialmente a questão do envolvimento das mulheres no tráfico”, aconselhou.
A presidente ainda disse que para melhorar o atendimento as mulheres vítimas de violência na Paraíba é necessário ampliar o quadro de servidores para atender melhor e intensificar a articulação entre os organismos que são as delegacias especializadas, o Ministério Público, a Defensoria Pública e os Juizados Especiais.
“Nós não temos condições de vencer a guerra da violência contra mulher sem um grau maior de articulações”
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, que investiga a violência contra a mulher, está em João Pessoa desde ontem quinta-feira (13) onde cumpre uma série de visitas. A equipe da CPMI já visitou a cidade de Queimadas para saber como andam as investigações sobre o caso do estupro coletivo ocorrido em fevereiro deste ano, vitimando cinco mulheres e resultando na morte de duas delas como também participa de audiência com o governador Ricardo Coutinho.
Sobre a CPMI – Em funcionamento no Congresso Nacional desde fevereiro, a comissão tem como objetivo investigar a situação da violência contra a mulher no Brasil e apurar denúncias de omissão do poder público. Presidida pela deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), a CPMI tem em sua relatoria a senadora Ana Rita (PT-ES).
Números da violência contra a mulher – A Paraíba é o sétimo estado do País em assassinatos de mulheres, segundo dados do Mapa da Violência (2012), elaborado pelo Instituto Sangari/Ministério da Justiça. A taxa de homicídios é de seis assassinatos para um grupo de 100 mil mulheres.
Pacto Nacional – A Paraíba também integra o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher com a participação de 73 municípios. O Pacto tem o objetivo de combater a violência, promover mudança cultural através de capacitação, cursos, oficinas, campanhas e proteger os direitos das mulheres em situação de violência com o foco nas questões raciais, étnicas, geracionais, orientação sexual e de mulheres com deficiência na perspectiva da inclusão social e da autonomia econômica.
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