Políticos Maceió querem debater com a secretária nacional de Segurança Pública números do programa e os benefícios dele para Alagoas
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, volta Alagoas nesta terça-feira (4), para participar da audiência pública promovida pela Comissão Especial de Investigação das causas da violência em Maceió (CEI da Violência), tocada pela Câ-mara Municipal de Maceió.
Segundo o presidente da CEI, Ricardo Barbosa (PT), um dos objetivos nos diálogos com Miki é justamente debater os números do programa Brasil Mais Seguro, recentemente instalado em Alagoas para combater a violência urbana.
O governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) vem destacando periodicamente uma redução nas estatísticas que já merece ser comemorada, mas ressalta que ainda há muito o que se fazer para tirar Maceió e o Estado da situação em que se encontra.
O consultor da CEI, advogado Pedro Montenegro, é um crítico da leitura que o Governo do Estado tem feito das estatísticas e acredita que elas não correspondem à realidade.
Por esta razão, ainda ganha mais importância a visita da secretária para dirimir dúvidas em relação à implantação do Brasil Mais Seguro.
Para os vereadores da CEI, ainda é válido lembrar que Miki é responsável pela fiscalização da aplicação do programa no Estado.
Ela já fez duas visitas oficiais desde a implantação, retornando à capital alagoana com o intuito de visitar áreas consideradas de alto índice de criminalidade e confrontar os primeiros resultados com as antigas estatísticas da violência.
“A Comissão vai apresentar um relatório substancioso, com informações importantes e um diagnóstico da violência em Maceió”, explicou o vereador Ricardo Barbosa.
Ajudar
O petista ressalta que – apesar de haver limites de atuação em relação às competências – é possível com o trabalho dos vereadores apontar possíveis soluções, sugestões e até mesmo a transformação de alguns em projetos de lei.
Investimentos
Ricardo Barbosa faz um balanço positivo de tudo que tem sido ouvido até hoje pela CEI da Violência, por meio das audiências públicas. O petista lembra que a Comissão já ouviu Julio Jacobo, que foi autor do Mapas da Violência e esteve na Câ-mara Municipal no dia 29 de agosto na última audiência pública da Comissão.
Júlio Jacobo apontou estudos relacionados à violência contra os jovens, crianças e adolescentes em todo o Brasil, além da verificação de um padrão histórico na ocorrência destes crimes. O estudioso apontou os mais graves problemas enfrentados pelas 27 capitais numa lista liderada por Maceió, além dos estudos referentes a 33 regiões metropolitanas e nos 200 municípios com elevado nível de violência.
Em relação à capital alagoana, Jacobo coloca o ano de 2000 como decisivo na escalada da violência e ressalta a preocupação tardia. Mas deixou clara a importância de investimentos externos – como os que estão sendo feitos pelo Brasil Mais Seguro – para se reduzir os índices: “Não se trata de culpar um partido político e sim analisar o Estado enquanto federação que não tem recursos para enfrentar as novas modalidades de crime que tem surgindo na atualidade”.
Questionamentos
Um dos questionamentos a serem feitos a Miki já foi apontado na audiência passada quando foi questionada as ações complementares do Brasil Mais Seguro na área de incentivo a cultura, educação e esporte, que na opinião do sociólogo Carlos Martins – que tem acompanhado o trabalho desenvolvido pelos vereadores – são primordiais na luta contra a violência no Estado.
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