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Referência nacional em pesquisa sobre homicídios no Brasil, o argentino Júlio Jacobo Waiselfisf, coordenador da série anual do Mapa da Violência no País, participou ontem da terceira audiência pública da Comissão Especial de Inquérito (CEI) sobre Violência, na Câmara Municipal de Maceió. Ele falou da dificuldade de obter números oficiais nos Estados e criticou a ausência de um sistema de dados federal que reúna informações sobre as vítimas de homicídios.

Jacobo detalhou os índices alagoanos e afirmou que, a exemplo do que ocorreu em São Paulo, o aparelhamento das polícias não basta para reduzir o número de assassinatos, que só deve cair com a participação efetiva da sociedade civil.

“São Paulo, até o final da década de 1990, liderava a taxa de homicídios no País; hoje está entre os cinco Estados com os menores índices. Essa reversão só foi possível porque, além do investimento no aparato policial, houve uma verdadeira participação da sociedade civil na implantação de medidas”, explicou Júlio Jacobo.