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O trabalho de investigação da Delegacia deHomicídios (DH) da 6ª Subdivisão Policial de Foz doIguaçu, aliado ao policiamento ostensivo da PolíciaMilitar, tem contribuído para a redução dos índices dehomicídios dolosos na região da tríplice fronteira.

De acordo com levantamento da própria DH,enquanto que entre janeiro e março foram registrados55 homicídios, de abril a junho foram contabilizados31 assassinatos.

Os números representam uma redução de 40% decasos de homicídios registrados pela 6ª SDP entre o primeiro e o segundo trimestre. As estatísticas revelam uma queda gradual deassassinatos na região.

Na comparação dos números de homicídios registrados em Foz do Iguaçu entre os anos de 2007 e 2011, há um percentual de quedaque supera os 60%. De acordo com a Delegacia de Homicídios o volume de assassinatos caiu de 303, em 2007, para 134 no últimoano.

A redução dos assassinatos em Foz do Iguaçu ratifica a eficácia do trabalho que vem sendo desenvolvido pela DH com relação aidentificação das autorias dos crimes.

Isso porque, de acordo com o delegado-geral Marcus Vinícius Michelotto, ao evitar que os crimes fiquem impunes, a polícia ajuda adiminuir a reincidência. ³Sabemos que a impunidade é indutora dos índices de criminalidade. Por isso, quando impedimos que oscriminosos continuem soltos, a tendência é de que haja uma redução de crimes de uma maneira geral´, afirma Michelotto.

A eficiência da DH de Foz do Iguaçu também pode ser endossada pelo volume de prisões – foram 30 no primeiro semestre de 2012. Àfrenda da DH de Foz do Iguaçu desde março de 2009, o delegado Marcos Araguari de Abreu ressalta que a população tem reconhecidoo esforço da polícia em conter os números de crimes contra a vida.

Isso porque, segundo ele, a cidade tem passado por períodos de paz. ³Estamos sem homicídios há quase 20 dias, com exceção de umlatrocínio que aconteceu neste mês de julho. Isso é um bom sinal, já que trata-se de algo que antes não acontecia´, revela.

Para Araguari, um dos trabalhos da DH de Foz que ele considera um dos fatores preponderantes para a identificação dos assassinos éo programa de proteção à testemunha realizado pela delegacia.³

Isso nos permitiu prender assassinos que antes eram considerados inatingíveis, o que também contribuiu para que houvesse umamaior confiabilidade da população´, diz.

Segundo Araguari, mesmo com a geografia desfavorável da região, caracterizada pelo grande fluxo de pessoas de outras localidades, opercentual de elucidação dos homicídios supera a marca de 40%

O delegado acredita que a viabilização de laboratórios de balística e química, com a designação de peritos, além de uma estrutura doInstituto de Identificação para auxiliar na identificação das autorias dos crimes poderia elevar ainda mais esse percentual.³

Além disso, queremos sugerir à DPI (Divisão Policial do Interior) a padronização de um software que permita compilar dados referentesa casos de homicídios, já que hoje não existe um critério para mensurar o impacto desse tipo de crime na sociedade´, afirma.Jovens

A redução de casos de homicídios é ainda mais expressiva com relação à vítimas crianças ou adolescentes. De acordo com a Delegaciade Homicídios da 6ª SDP, das 81 vítimas de assassinato registradas no primeiro semestre de 2012, oito eram adolescentes. Não foramassassinadas crianças no período.

Segundo o Mapa da Violência 2012, que versa sobre assassinatos de crianças e adolescentes no Brasil, a cidade de Foz do Iguaçu,que em 1998 ocupava o primeiro lugar no ranking de homicídios com vítimas entre 15 e 24 anos, foi classificada na 27ª posição noranking em 2011.

O levantamento foi realizado pelo Sistema de Informações de Mortalidade da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais e peloCentro Brasileiro de Estudos Latino Americanos.

Coordenado pelo sociólogo, Julio Jacobo Waiselfisz, o Mapa da Violência, realizado por alusão aos 22 anos do Estatuto da Criança e doAdolescente (completados no último dia 13 de julho), utiliza o Sistema de Informação de Agravos de Notificação e o Sistema deInformações de Mortalidade do Ministério da Saúde.