Coordenador do ‘Mapas da Violência’ é ouvido em CEI

A Comissão Especial de Investigação criada pela Câmara Municipal de Maceió para investigar as causas da violência na capital alagoana, em especial os casos de homicídios envolvendo jovens, deve ultrapassar um semestre de atividade ainda sem apresentar um relatório final. Porém – em contrapartida – com a quantidade de sessões e audiências públicas que vem realizando, se espera, como ressalta o presidente da CEI, vereador Ricardo Barbosa (PT), um documento substancioso e que saia apenas do “discurso”.

Hoje, dia 29, os vereadores membros da Comissão ouvem o sociólogo Julio Jacobo – que é o coordenador do Mapas da Violência: documento que aponta Maceió como a capital mais violenta do país – em audiência pública. Ele não é o único nome que os vereadores pretendem ouvir.

A Comissão – ainda segundo Ricardo Barbosa – pretende também fazer o convite a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Mikki, mas ainda sem data prevista. Quanto a Jacobo, a audiência será aberta a população. O petista coloca que – nos estudos já apresentados neste ano de 2012, que foca especificamente na situação de crianças e adolescentes do país – são levados em consideração os últimos 30 anos de violência homicida no Brasil e verificado – nas análises de Jacobo – uma acentuada mudança nos padrões históricos.

O objetivo é detalhar os dados que sejam relativos ao Estado de Alagoas, mas especificamente a cidade de Maceió, já que o documento aponta características da evolução dos homicídios em todo o país, englobando detalhes de 27 unidades federativas, as capitais, 33 regiões metropolitanas e nos 200 municípios com elevados índices de violência.

Para Ricardo Barbosa, o conhecimento do número é fundamental para que a CEI seja propositiva e apresente resultados que ajudem a população maceioense. Por esta razão, o petista classificou a visita de Jacobo à Casa de Mário Guimarães como de fundamental importância para “entender o fenômeno da violência na sociedade”.