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O Estado é o único da região Norte a conseguir redução do índice de morte por acidentes de trânsito entre a população juvenil.

BOA VISTA – Dados do Instituto Sangari, responsável pela elaboração do Mapa da Violência no Brasil, apontam que Roraima registrou a segunda maior redução de mortes de jovens do país na última década. Com queda de 55,9% no índice de homicídios no período de 2000 a 2010, o Estado fica atrás apenas de São Paulo, que conseguiu redução de 76,1%.

De acordo com a pesquisa, 20 das 27 unidades federativas apresentaram diminuição da violência entre a população de 1 a 19 anos. Em três estados, Roraima, São Paulo e Santa Catarina, essas taxas caem para menos da metade na década. O estudo analisou os índices de morte por acidentes de trânsito, por outras categorias de acidentes e por homicídios.

Quando são analisados os óbitos por acidentes de trânsito, Roraima apresentou queda de 22,7%, passando de 22 mortes em 2000 para 17, em 2010. O Estado é o único da região Norte a conseguir redução do índice de morte por acidentes de trânsito entre a população juvenil.

O Instituto analisou também as mortes causadas por outros tipos de acidentes, entre eles, quedas, afogamentos e submersões acidentais, exposição à fumaça, ao fogo e às chamas e sufocação. Considerando essas categorias, Roraima registrou queda no número de óbitos, passando de 22 casos, em 2000, para 10, em 2010, redução de 54,5%.

A diminuição na taxa de homicídios está entre as mais significativas. Em 2000, o Estado registrou 32 homicídios entre a população juvenil, em 2010, esse número caiu para 17. A redução foi de 46,9%, quando essa análise é feita considerando divisão por 100 mil habitantes, a queda do número de homicídios é de 55,9%.  Dentre os dados analisados, Roraima teve crescimento apenas da taxa de suicídio, que passou de 5, em 2000, para 8, em 2010. Crescimento de 32,7%.

Segundo o responsável pela elaboração do Mapa da Violência, Julio Jacobo Waselfisz, entre os fatores que explicam a redução das taxas de homicídios em algumas localidades estão: a campanha de desarmamento, investimentos em segurança pública e políticas estaduais.

O eixo central do estudo que formula o Mapa da Violência são as denominadas causas externas de mortalidade. Com base nos resultados, os governos podem formular políticas públicas de prevenção e de combate à violência.