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Três cidades estão entre as 100 primeiras do ranking nacional. Pesquisa foi feita apenas entre crianças e adolescentes de um a 19 anos. 

Cidades da região de Campinas (SP)  sempre fizeram parte de rankings onde os números mostram  o grau de desenvolvimento positivo desses municípios, mas há também estatísticas que preocupam. Em relação à violência sexual, três cidades estão entre as mais violentas para jovens e adolescentes. Campinas é o 51º município com maior taxa de atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)  contra menores no país. A pesquisa do “Mapa da Violência 2012 – Crianças e adolescentes do Brasil” aponta ainda que entre um grupo de 100 mil jovens na faixa etária de um a 19 anos, 43 sofreram algum tipo de abuso sexual.

Hortolândia (SP) ocupa a 43ª posição, com 46 casos a cada 100 mil adolescentes e crianças, e Mogi-Mirim (SP) é o 20º município do Brasil com maior taxa de 63 casos a cada 100 mil jovens.

O Mapa da Violência utilizou dados de 2011 do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A pesquisa também mostra que a violência sexual ocupa o segundo lugar em atendimentos a adolescentes e crianças pelo SUS com 20% dos casos.

O levantamento considerou apenas os municípios com 20 mil crianças e adolescentes ou mais. O responsável pela pesquisa, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, ressalta em seu trabalho que “os quantitativos registrados pelo Sinan representam só a ponta do iceberg das violências cotidianas que efetivamente acontecem. Por baixo desse quantitativo visível, um enorme número de violências nunca chega à luz pública”.

O município que obteve o maior índice de violência sexual foi o Rio Branco (AC) com 151 casos de abuso sexual entre 100 mil crianças e adolescentes.

Violência física 
A pesquisa também abordou os atendimentos por violência física no SUS aos jovens entre um e 19 anos. Também foram utilizados dados do Sinan e considerados municípios com população de 20 mil crianças e adolescentes ou mais. Na região, Valinhos (SP) pode ser considerado o município mais violento.  Com 78 atendimentos por violência física a cada 100 mil crianças e adolescentes, a cidade ocupa a 56ª posição.