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O mapa traz grave alerta sobre o que chama de “epidemia” da violência no Brasil contra crianças e adolescentes. Numa lista de 92 países do mundo, apenas El Salvador, Venezuela e Guatemala apresentam taxas de homicídio maiores que a do Brasil.

Todos os três países têm economia menor que a brasileira, não dispõem de um sistema de proteção legalizado como o Estatuto da Criança e do Adolescente nem programas sociais com o número de beneficiários como o Bolsa Família.Os dados apresentados também confirmam um diagnóstico feito recentemente pela Anistia Internacional, que afirma que o Brasil convive, tragicamente, com uma espécie de ‘epidemia de indiferença’.

O relatório diz que em 2011 no Brasil 7 mil 155 casos de estupro entre 10 mil e 4 mil casos de violência sexual, a maioria praticada pelos próprios pais ou padrastos. As principais vítimas foram as filhas de 10 a 14 anos. Já na faixa entre 15 a 19 anos, as meninas foram abusados, na maioria, por vizinhos ou amigos próximos.

Mais de 63% dos casos de violência ocorreram na residência e cerca de 18% aconteceram na via pública. O relatório chama a atenção também para as mortes no trânsito. Entre 2000 e 2010, a taxa de mortalidade de jovens de 15 a 19 anos no trânsito cresceu 376,3%.

Na semana passada, durante a abertura da 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, a presidenta Dilma Rousseff destacou que “uma grande nação tem que ser medida por aquilo que faz por suas crianças e adolescentes, e não pelo PIB – Produto Interno Bruto”.