Foi divulgado na última quarta feira (18) um Mapa da Violência de 2012, revelando que o homicídio de crianças e adolescente, entre um a dezenove anos, aumento quase trezentos e cinqüenta por cento ao longo dos últimos trinta anos. Este dado coloca o Brasil como quarto lugar na lista de países com a maior taxa de homicídios nesta faixa etária.
O mapa avaliou um universo constituído por 99 países, sendo que o Brasil registrou no ano de 2009 uma taxa de treze mortes para cada grupo composto por 100 mil crianças e adolescentes. Este número coloca o país atrás somente de El Savador, Venezuela e Trinidad e Tobago. Somente no ano retrasado, 2010, foram mais de oito mil e seiscentas crianças assassinadas, significando 24 mortes por dia em 2010.
No Brasil, o índice chega a ser cerca de 150 vezes maior que o de países desenvolvidos, como Egito, Irlanda, Espanha, Portugal e Inglaterra, além de várias outras nações elencadas no ranking.
LevantamentoPara a conclusão dos dados, a pesquisa usou como base certidões de óbitos e outros registros do SUS, o Sistema Único de Saúde, detectando que a mortalidade resultante de causas naturais tem diminuído de uma forma contínua ao longo dos últimos 30 anos. Ao mesmo tempo que mortes decorrentes por causas externas aumentaram 14,3%, em grande parte, por conta do aumento de homicídios.
Além deste aumento, o índice de suicídios também aumentos 38%. As causas externas avaliadas também incluem acidentes com eletricidade, fogo, afogamento, além de outras violências. A pesquisa revelou ainda que o Brasil é o décimo segundo país com mais mortes no trânsito.
O relatório, que foi elaborado pela Flacsoj Brasil em parceira com o Centro Brasileiro de Estudos Latino Americanos (Cebela), afirma que o mais preocupante é a tolerância e aceitação da população frente a este retrato atual.
Considerando este aspecto, o estudo apontou ainda que situações onde a vítima é considerada culpada, responsável por ter provocado a violência, contribui para que uma certa dose de violência se torne aceita pela população e opinião pública.
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