O Ceará está em 7º lugar no ranking de estados brasileiros em crescimento da taxa de homicídios contra crianças de jovens com idade entre 1 e 19 anos, entre 2000 e 2010. Em dez anos, a taxa subiu 148,8%. Os dados são do Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes do Brasil, do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, divulgado nesta quarta-feira, 18.
Segundo o levantamento, em 2000 foram contabilizados 203 assassinatos de crianças e jovens contra 505 em 2010. Em relação ao número total de assassinatos de crianças e jovens, o Ceará está acima da média da Região Nordeste, que apresentou variação de 114,4%. Entre os nove estados da região, o Ceará é o 6º colocado.
Em se tratando da taxa de homicídios, o Ceará está acima da média nacional, com 13,8 mortes para cada 100 mil habitantes. Em 2000 foram registrados, em média, 6,1 mortes contra 16,6 em 2010 (uma variação de 171,6%).
O índice coloca o Ceará acima da média nacional (13,8 mortes para cada 100 mil crianças e adolescentes) e está abaixo da média do Nordeste, que é de 17,8 mortes a cada 100 mil.
Capitais e municípios
Entre as capitais, Fortaleza é a sexta colocada em número de homicídios contra jovens e adolescentes na faixa etária pesquisada. Em 2000, foram registrados 116 homicídios contra jovens. Em 2010, o número saltou para 320, representando um aumento de 175,9%.
Em 2000, Fortaleza ocupava a 21ª colocação nacional por taxas de homicídios contra crianças e adolescentes. Dez anos depois, a capital cearense passou a ocupar a sexta posição. A taxa triplicou: saiu de 13,4% em 2000 para 41,1% em 2010.
No ranking dos 100 municípios brasileiros com 20 mil crianças e adolescentes ou mais, aparecem três cidades cearenses com as maiores taxas de homicídio. São elas: Maracanaú, em 23º lugar no ranking (quatro mortes a cada 100 mil crianças e jovens); Fortaleza, 34º colocada (320 mortes em 100 mil) e Crato, em 93ª posição (11 mortes a cada 100 mil).
Brasil
Segundo o Mapa da Violência, a capital com maior aumento de taxa foi Natal (837,5%), que registrou oito mortes em 2000 contra 75 em 2010.
O relatório usou o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) para traçar as principais causas de morte entre os 1980 e 2010. Segundo o relatório, o número de homicídios contra jovens no Brasil representa 176.043 de todas as mortes. Na última década, foram mortos mais de 84 mil jovens. Entre 1980 e 2010, as taxas cresceram 346%.
Redação O POVO Online
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