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Questões de Linguagens e Códigos e Ciências Humanas, além da Redação, foram aplicadas ontem (3)

O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 foi realizado no último domingo, 3 de novembro, e teve provas das áreas de Linguagens e Códigos (Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira, Artes, Educação Física, Tecnologias da Informação e Comunicação), Ciências Humanas (História, Geografia, Sociologia e Filosofia) e uma Redação.

De acordo com o diretor do Colégio Oficina do Estudante, Antunes Rafael, nenhuma questão levantou polêmica e a prova foi neutra, sem qualquer postura ideológica. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, já havia adiantado que não haveria ideologia presente no exame.

No geral, a prova foi surpreendente, na medida em que as questões, por toda a prova, citam autores do campo progressista, como Foucault e Hannah Arendt, além de discutirem temáticas como violência contra a mulher e a questão dos refugiados. – Antunes Rafael, diretor do colégio Oficina do Estudante

Linguagens e Códigos

A prova de Linguagens e Códigos trouxe um discurso favorável às minorias ao falar sobre os refugiados e o bullying, por exemplo. Os participantes foram apresentados a temas recorrentes em outras edições como regionalismos, gramática histórica e formação da língua portuguesa. Já um fator relevante presente neste Enem foi a importância da Educação Física, disciplina que também faz parte de Linguagens e Códigos.

O tema da redação surpreendeu professores e estudantes: Democratização do acesso ao cinema no Brasil.

Ciências Humanas

Professores ressaltam que o Enem 2019 (até o momento) teve questões elaboradas independente da posição ideológica do atual Governo. As perguntas de geografia apresentaram reflexões críticas em temas como agrotóxicos, quilombos, Sistema Único de Saúde (SUS) e Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A temática dos agrotóxicos chamou a atenção, já que o atual Governo tem liberado excessivamente o uso de agrotóxicos e reduzido o anúncio dos riscos que trazem para a população e para a natureza. Em História, a ausência de alguns temas chamou mais a atenção do que o conteúdo presente. Destaque para a falta de questões sobre Era Vargas e Ditadura Militar. No entanto, a intolerância religiosa foi abordada ao tratar da violência e preconceito contra as religiões de matriz africana.