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João Luiz Filgueiras de Azevedo, presidente do CNPQ, afirmou que as bolsas de 84 mil pesquisadores estão em risco

O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), caso não consiga sanar o déficit de R$ 330 milhões no seu orçamento, deverá suspender o pagamento de bolsas a 84 mil pesquisadores espalhados pelo Brasil. Segundo o Jornal da USP, o rombo existe desde o começo do ano e, caso não seja solucionado, o dinheiro do CNPq acabará nas próximas semanas.

João Luiz Filgueiras de Azevedo, presidente do órgão, disse à USP que o órgão pagará as bolsas de agosto normalmente, “mas de setembro em diante não tem como pagar mais nada. A folha de agosto, essencialmente, zera o nosso orçamento”. Principal agência ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o CNPq financia projetos de pesquisa e apoia mais de 80 mil bolsistas em universidades e institutos do país. Os beneficiados são desde alunos de iniciação científica – com bolsas de R$ 400 – a professores experientes – com auxílio de até R$ 1,5 mil mensais. No início da semana, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) criou um abaixo-assinado em defesa do CNPq. A ação é apoiada por 65 entidades científicas e acadêmicas. “Em função dos drásticos cortes orçamentários para a Ciência, Tecnologia e Inovação, já se observa uma expressiva evasão de estudantes, o sucateamento e o esvaziamento de laboratórios de pesquisa, uma procura menor pelos cursos de pós-graduação e a perda de talentos para o exterior. Este quadro se acelerará dramaticamente com a suspensão do pagamento das bolsas do CNPq”, informa o manifesto.