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Por Marina Baldoni Amaral

Foto: Murilo Abreu/UnB Agência

Foto: Murilo Abreu/UnB Agência

O Grupo Estratégico de Análise da Educação Superior (GEA-ES), da Flacso Brasil, acaba de lançar cinco artigos de opinião que abordam temas relacionados a políticas afirmativas e inclusão social no ensino superior. As publicações estão disponíveis para download na página do projeto.

No artigo O debate sobre ações afirmativas no Ensino Superior no Brasil e na África do Sul, a socióloga Graziella Moraes Silva analisa as semelhanças e diferenças entre as argumentações sobre a implementação de políticas afirmativas nos contextos sociais dos dois países a partir de entrevistas com reitores e subreitores de universidades brasileiras e sul-africanas.

Em As ações afirmativas na URGS: Avanços e Desafios, Gregório Durlo Grisa, doutor em Educação e membro da Comissão de Avaliação das Ações Afirmativas da UFRGS, avalia os resultados da implantação do sistema de cotas adotado pela universidade em 2008, quando 30% do total de vagas foi reservado para alunos oriundos de escolas públicas e metade desse percentual, reservado para autodeclarados negros.

Márcia Marques, professora e pesquisadora do departamento de Estatística da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Graziele dos Santos Cerqueira, graduada em Estatística pela UFF, fazem uma Análise do desempenho acadêmico dos cotistas dos cursos de Medicina e Direito no Brasil, buscando “verificar se, após cursar a graduação, o diferencial de desempenho acadêmico continua inferior entre os cotistas, comparado com aqueles que ingressaram por livre concorrência”.

O artigo Prouni: Limites, avanços e desafios em uma década de existência, de Wilson Mesquita de Almeida, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), avalia diversos aspectos do Prouni e suas consequências: desde a influência de donos e representantes de Instituições de Ensino Superior no desenho da política , até seu papel na inclusão social, “atingindo uma faixa de estudantes de baixa renda até então sem muitas perspectivas de fazer o ensino superior”.

Rosélia Pinheiro de Magalhães, mestre em Serviço Social e assessora da Superintendência Geral de Políticas Estudantis da UFRJ, e Simone Cazarin de Menezes, doutoranda em Serviço Social e diretora da Divisão de Apoio ao Estudante da UFRJ, fazem um histórico das políticas afirmativas no Brasil e avaliam o caso da UERJ. Em Ação afirmativa na UFRJ: Implantação de uma política e dilemas de permanência, elas avaliam que somente a adoção dessas ações para o acesso ao ensino superior público, “não é capaz de produzir uma transformação na lógica dessas instituições, de forma a atenuar os mecanismos de conservação social que lhes são característicos e que acabam por promover um processo de exclusão que não pode ser ignorado”.

Estes e outros conteúdos podem ser encontrados na página do GEA. Confira e aprofunde seus conhecimentos sobre o tema!