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Universidade paulista foi a primeira colocada por três anos consecutivos.
No ranking QS de 2014, porém, ela perdeu o topo para PUC do Chile.

Pela primeira vez desde 2011, a Universidade de São Paulo (USP) deixou de ser a melhor instituição de ensino superior da América Latina, segundo ranking divulgado na tarde desta terça-feira (27) pelo QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Na edição de 2014 da lista, a universidade mantida pelo governo paulista perdeu o topo para a Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC).

O ranking foi criado em 2011 pela QS para avaliar as instituições do continente e, desde então, a USP mantinha a liderança. Agora, ela caiu para a segunda posição. A notícia foi divulgada no dia em que começa uma greve de professores, funcionários e estudantes na instituição, em protesto contra o corte de verbas e o congelamento dos salários anunciados pelo reitor Marco Antonio Zago, que tomou posse em janeiro.

“A USP é uma instituição de destaque quanto a produtividade em pesquisa, no entanto a UC lidera em 2014, quando se trata do impacto da pesquisa, mensurado pelas citações por artigo, em jornais acadêmicos internacionais.  A UC também despontou no quesito de número de alunos em sala de aula por professor, e aumentou sua influencia em termos de presença digital”, afirmou o instituto, em comunicado.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) se manteve na terceira colocação, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pulou da oitava para a quarta posição, e a Universidade de Los Andes, da Colômbia, caiu do quarto para o quinto lugar.

O fato de a USP ter deixado de ser a primeira do ranking não indica, porém, uma tendência nacional de queda. O Brasil, que no ano passado tinha oito instituições entre as 20 melhores, agora tem dez. Veja abaixo:

Top 10 do Ranking QS América Latina 2014:
1º) Pontifícia Universidad Católica (Chile)
2º) Universidade de São Paulo (USP/Brasil)
3º) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/Brasil)
4º) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Brasil)

5º) Universidad de Los Andes (Colômbia)
6º) Universidad de Chile (Chile)
7º) Instituto Tecnológico de Monterrey (México)
8º) Universidad Nacional Autónoma de México (México)
9º) Universidade Estadual Paulista (Unesp)
10º) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
10º) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
13º) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
15º) Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
17º) Universidade de Brasília (UnB)
18º) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

No total, 395 instituições do continente foram avaliadas nesta quarta edição do ranking, e 300 foram classificadas. Foram levados em conta sete critérios: o de maior peso foi a reputação acadêmica de cada universidade, com 30% da pontuação, seguido pela reputação dos graduados no mercado de trabalho. Juntos, esses dois critérios somam 50% da nota.

O número de alunos por professor na sala de aula, a quantidade de publicação por professores, o número de citações por publicação, a proporção de professores com doutorado e a presença digital da instituição constituíram a outra metade da pontuação.

Das 300 instituições classificadas, o Brasil responde por 88: 17 universidades brasileiras estão entre as 50 melhores em 2014, e 56 das 200 mais bem colocadas são do Brasil.