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O Ministério da Educação (MEC) declarou, em nota enviada ao site de VEJA, que considera “prematura a paralisação das atividades” nas universidades federais, anunciada por servidores no início desta semana. Segundo a pasta, “todos os esforços estão sendo feitos por parte do governo” para viabilizar os termos do acordo firmado em 2012 com a categoria. Naquele ano, professores e técnicos pararam as atividades em 58 das 59 universidades federais por 123 dias — a mais longa greve da história do ensino superior.

Os servidores técnico-administrativos, que atuam dentro das universidades e hospitais universitários, decidiram entrar em greve a partir de 17 de março. Segundo a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), a categoria concentra 180.000 trabalhadores e reivindica melhorias nas condições de trabalho, jornada de 30 horas semanais e a revogação da lei que criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que estabelece o regime de trabalho nos hospitais universitários.

O MEC, porém, afirma que as negociações com o grupo têm avançado. A nota destaca ainda a criação do Plano de Desenvolvimento Profissional dos Servidores Integrantes do Plano de Cargos e Carreira dos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), que deve entrar em vigor a partir deste ano e será voltado à qualificação dos servidores.

Os professores das universidades federais ligados ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) decidiram paralisar as atividades no dia 19 de março. Segundo nota divulgada no site do Andes, “haverá uma reunião nacional do setor, pautando a retomada da greve dos docentes, suspensa em 2012”.

Rede estadual — Os professores das redes estaduais de educação básica também anunciaram paralisação em março. Nas escolas, a greve está marcada para os dias 17, 18 e 19. Segundo nota publicada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), os servidores vão parar as atividades para exigir o cumprimento da lei do piso, investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação e destinação de 10% do PIB para a educação pública.